A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (14), mais buscas no âmbito da investigação sobre o hackeamento do perfil da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no X (antigo Twitter). As diligências foram cumpridas no Distrito Federal. Os dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na terça-feira, a PF já havia cumprido quatro mandados em Minas Gerais. Ao todo, seis ordens de busca e apreensão já foram executadas envolvendo o inquérito.
Os investigadores apontam que, durante as apurações, foi observado que os possíveis envolvidos "tinham perfis e postagens na plataforma Discord, participando de grupos que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista".
Segundo a Polícia Federal, o inquérito mira não só a invasão do perfil de Janja no X, mas também crimes de ódio relacionados, "como postagens de caráter ofensivo contra autoridades públicas federais".
As ações também revelaram que os suspeitos participavam de grupos no Discord, envolvendo mensagens misóginas e extremistas.
Relembre o caso
O perfil no X (antigo Twitter) da primeira-dama do Brasil foi hackeado na noite de segunda-feira (11). O invasor publicou ofensas contra ela e contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversas postagens, ele cita que se for preso é pelo fato de ser uma "pessoa honesta".
Nas postagens, o hacker intercalou mensagens de cunho sexual com outras direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e outros políticos.
O perfil, que tem mais de 1,2 milhão de seguidores, está indisponível. A conta foi bloqueada a pedido da Polícia Federal.