O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estendeu, pelo terceiro mês, investigação interna que busca identificar quem agrediu a jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, no fim de maio. Na ocasião, a jornalista tomou um soco no peito enquanto fazia a cobertura da visita do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Palácio do Itamaraty, em Brasília, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro-chefe do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, afirmou que a investigação "será encerrada em breve". O agressor foi identificado como um militar do Exército brasileiro que era coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional na ocasião.
Depois da agressão, o GSI informou que afastou do serviço todos os militares presentes no local durante o episódio. Isso foi feito, preliminarmente, até a investigação ser encerrada.
Na época, em entrevista ao canal GloboNews, Delis afirmou que sentiu "sensação de impotência e de violência" diante da agressão.
— A imprensa não pode aceitar isso em lugar nenhum no mundo. Levei um soco no peito, na parte da cartilagem, que prende a respiração. Esse tipo de soco é de gente que quer fazer isso, não é sem querer — comentou a repórter, na ocasião.
Maduro veio ao Brasil em visita oficial. Na época, Lula minimizou problemas do país vizinho e isentou Maduro de responsabilidades sobre a crise econômica que atinge aquele país. O petista ainda criticou as sanções que recaem sobre o regime chavista.
— É o começo da volta do Maduro — afirmou o petista, que classificou o encontro como um "momento histórico".