O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, em 8 de março, quando é comemorado o Dia da Mulher, o governo irá apresentar a lei de igualdade salarial de gênero para homens e mulheres que exercem a mesma função. A medida é uma promessa de campanha que favoreceu o apoio da então candidata e agora ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao candidato petista à cadeira presidencial.
— Finalmente, Simone Tebet, agora, no Dia das Mulheres, a gente vai apresentar, definitivamente, a tal da lei que vai garantir que a mulher, definitivamente, receba o salário igual ao homem se ela exercer a mesma função — declarou Lula, direcionando a fala à ministra.
As falas ocorreram em discurso de evento de reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (28). Após o anúncio, Tebet, presente no evento, aplaudiu o presidente de pé.
— Toda hora que você vai procurar essa lei, parece que existe, mas tem tantas nuances que tudo é feito para a mulher não ter o direito. Ou seja, então é preciso fazer uma lei que diga que a mulher deve ganhar o mesmo salário do homem se exercer a mesma função. E pronto, não tem vírgula — enfatizou Lula. — E é obrigado: se não pagar, vai ter de ter alguém para fiscalizar — disse, citando o Ministério do Trabalho e Emprego e o ministro da pasta, Luiz Marinho.
Durante a fala, o presidente também fez referência ao ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a implementação de escolas de tempo integral no Brasil, promessa de campanha.
— Espero que o Camilo consiga logo começar a implantar escola de tempo integral neste país porque é uma necessidade vital para o nosso jovem se formar adequadamente — afirmou Lula.
O chefe do Executivo disse que, nesta quinta-feira (2), o governo irá lançar o novo Bolsa Família.
Violência urbana
Ao falar sobre as periferias, Lula afirmou que não é só a presença da polícia que vai "resolver" a violência nas áreas.
— Muitas vezes, a polícia é a causa da violência. A violência, muitas vezes, é a falta do Estado na periferia — declarou.
Voltando-se ao ministro da Justiça, Flávio Dino, presente no evento, ele disse para se discutir, "quem sabe", uma nova política de segurança pública para o país.
— Não é uma coisa a se discutir imediatamente não. Mas, ou nós começamos a discutir agora, ou ela nunca vai acontecer — comentou o presidente.