Vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) assumirá também o Ministério da Indústria e Comércio do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O nome do vice e de profissionais para outros ministérios deve ser anunciado nesta quinta-feira (22) pelo presidente eleito. De acordo com reportagem do Estadão, a decisão de colocar Alckmin no cargo veio após empresários de renome terem recusado o convite.
Com bom trânsito no setor e sendo um estudioso de assuntos de interesse da pasta, como a reforma tributária, o vice-presidente pode auxiliar no diálogo do governo com os industriários, segundo a avaliação de Lula. Nomes como Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, foram convidados a assumir o ministério, mas não aceitaram o cargo.
Desde que iniciou a campanha à Presidência ao lado de Lula, Alckmin tem se reunido com empresários e especialistas em orçamento. Ele busca respostas e sugestões para definir onde é possível realizar cortes de gastos no governo e elaborar propostas e políticas para a reforma tributária, parcerias público-privadas e para o setor industrial como um todo.
O ex-tucano já havia sido cotado para outros ministérios, como da Fazenda e da Defesa, mas outros nomes foram definidos para os cargos.
Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará e senador eleito, deve ser confirmado como titular da Educação. Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, será anunciado como ministro dos Portos e Aeroportos. O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) ficará com o Ministério do Trabalho e Márcio Macedo (PT-SE) deve ser o titular da Secretaria-Geral da Presidência.
Ainda na composição do primeiro escalão do governo, a Secretaria de Relações Institucionais, atual Secretaria de Governo, ficará com Alexandre Padilha (PT).