O deputado federal André Janones (Avante-MG) anunciou, nesta quinta-feira, 4, que abriu mão da candidatura ao Planalto para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
O anúncio aconteceu após reunião entre Janones e Lula em São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada apontou o deputado federal com 1% das intenções de voto.
Janones, que já vinha flertando com a possibilidade de apoiar Lula, fez sua primeira declaração pública a respeito do assunto na semana passada, em suas redes sociais. "Bolsonaro me bloqueou, Ciro não aceitou encontrar comigo, Tebet ignorou por completo minha existência, enquanto aquele que lidera as pesquisas pediu publicamente para conversar comigo. Humildade e democracia andam lado a lado. Convite aceito", escreveu Janones nesta sexta-feira, 29, nas redes sociais. Lula respondeu: "Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar."
Em suas redes sociais, Janones também mostrou ter pautas em comum com Lula. Ele afirmou, no dia 28 de julho, que a presidência da República é o meio mais rápido "para levar um auxílio de R$ 600 ao povo de forma permanente, sem fazer isso moeda de troca em período eleitoral". "O meio mais rápido para que a mãe solo receba auxílio em dobro e assim seus filhos tenham condições de um futuro melhor, e principalmente, que tenham dignidade", disse.
Após essa postagem, recebeu o aceno de Lula para conversar. "Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar", disse Lula.
O ex-presidente tem criticado o aumento do auxílio emergencial do governo federal para R$ 600 em seus palanques.
— Por isso que agora ele aprovou o auxílio emergencial que vai até dezembro. Ele aprovou R$ 600 até dezembro. Vai dar dinheiro para motorista e taxista até dezembro na perspectiva de gastar R$ 41 bilhões para ganhar as eleições. Serão as eleições mais caras do planeta Terra. Eu quero dar um conselho para vocês: se cair dinheiro na conta de vocês, peguem e comam. Porque se não eles vão tomar outra vez! — disse Lula nesta semana, na Paraíba.