O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, foi ouvido pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (7). O depoimento foi prestado em investigação que apura se ele usou o acesso ao Planalto para obter benefícios pessoais, o que configuraria crime de tráfico de influência. O inquérito apura também suspeita de lavagem de dinheiro.
A investigação foi aberta após o jornal O Globo divulgar que Jair Renan teria recebido um carro elétrico de representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a suposta doação, em outubro de 2020, a empresa conseguiu agendar um encontro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, com participação do filho do presidente.
— Nunca recebi nenhum carro, nenhum dinheiro. Nunca fiz lavagem de dinheiro — disse Jair Renan, que foi à superintendência da PF no Distrito Federal acompanhado do advogado Frederick Wassef.
— Não marquei nenhuma reunião com o governo. Nunca pedi nada ao governo direta ou indiretamente. Eu não faço parte do governo federal (...) Nunca pedi para ir à reunião. Só me convidaram. Fui porque conhecia o pessoal lá. Entrei mudo e saí calado.