O PSB deixou nesta quarta-feira, 9, as discussões para formar uma federação com PT, PCdoB e PV. A saída não afeta a já acertada candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alckmin decidiu se filiar ao PSB e o partido vai se manter na aliança nacional para apoiar Lula e ainda candidaturas do PT em Estados como Bahia, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. A disputa em São Paulo, porém, foi o maior problema nas negociações.
"Em resposta ao atual momento político, o PT, o PCdoB e PV decidem caminhar para constituir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo", informaram os quatro partidos, em nota conjunta.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, não quis detalhar os motivos que levaram à saída do partido das discussões. "A definição, no momento, é para os três partidos, PT, PV e PCdoB. O PSB, neste momento, não tem a decisão de participar, não. Mantém o diálogo com os três partidos", disse. "Nós vinculamos a vinda do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB à questão da federação", disse.
Na lista de obstáculos para a formação da federação entre o PT e o PSB estão as candidaturas aos governos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. No principal colégio eleitoral do País, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad , e o PSB, por sua vez, quer lançar Márcio França.
Criadas pelo Congresso, as federações são novidade nas eleições e foram regulamentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em dezembro. Podem ser registradas até 31 de maio. O modelo exige que os partidos permaneçam unidos por no mínimo quatro anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.