O presidente Jair Bolsonaro se reúne nesta quarta-feira (16), em Moscou, com o colega russo, Vladimir Putin. O encontro entre eles começou por volta das 13h40min locais, 7h40min pelo horário de Brasília.
A viagem de Bolsonaro ocorre em meio a temores dos países ocidentais de que a Rússia prepara um ataque contra a Ucrânia, uma acusação que Moscou nega. Desde terça (15), contudo, a tensão na região registrou uma leve queda — depois que a Rússia anunciou uma retirada parcial de tropas e, nesta quarta, informou o fim das manobras na península da Crimeia, anexada em 2014.
Na terça-feira, o presidente afirmou no Twitter que a primeira visita de um governante brasileiro à Rússia aconteceu em 1876 e que o Brasil "tem uma vocação de amizade com todas as nações do mundo".
Já o Kremlin afirmou que os dois chefes de Estado abordarão o "fortalecimento da associação estratégica entre Rússia e Brasil", além de temas comerciais, científicos e culturais. O governo russo informou ainda que os dois devem falar sobre suas visões a respeito dos "problemas da agenda internacional".
Bolsonaro também decidiu combinar a viagem com uma visita à Hungria, para um encontro com o primeiro-ministro de extrema-direita Viktor Orban, que também se reuniu recentemente com Putin.
Antes de se encontrar com Putin, Bolsonaro participou de uma cerimônia em homenagem a soldados do exército russo mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), época em que a Rússia era a comunista União Soviética. Esse foi o primeiro compromisso oficial do presidente na visita oficial.
Bolsonaro fez entrega de flores no monumento conhecido como "túmulo do soldado desconhecido", erguido em nome de militares mortos sem identificação durante o confronto com os nazistas. Junto aos Estados Unidos, os soldados do Exército comunista da União Soviética tiveram papel decisivo para a derrota das tropas alemãs de Adolf Hitler.