O presidente Jair Bolsonaro desembarcou na manhã desta sexta-feira (29) em Roma, na Itália, para participar da Cúpula de Líderes do G-20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. O encontro será neste sábado (30) e no domingo (31).
Nesta sexta, na agenda oficial, Bolsonaro tem apenas um compromisso: encontro com o presidente italiano Sergio Mattarella. No fim de semana, ocorrem as reuniões o G-20 que, neste ano, terão foco no enfrentamento à pandemia da covid-19 e na situação climática do planeta. Segundo o Itamaraty, o Brasil também vai pautar nos encontros assuntos como meio ambiente, tecnologia e saúde.
Na comitiva do presidente, também estão os ministros da economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Carlos França, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Joaquim Leite será o representante do Brasil em um outro evento mundial que ocorre a partir de domingo (31): a COP 26, conferência do clima da Organização das Nações Unidas, realizada em Glasgow, na Escócia. Bolsonaro não irá participar desse encontro e seguirá em agenda na Itália até terça-feira (2).
Ao chegar no Palácio do Planalto na manhã desta sexta, o vice-presidente Hamilton Mourão justificou a ausência do presidente da República na COP 26:
— O presidente Bolsonaro sofre uma série de críticas, então ele vai chegar em um lugar que todo mundo vai jogar pedra nele. Está uma equipe robusta lá, com capacidade de levar adiante a estratégia de negociação. Todo mundo tem que mudar para a gente atingir os objetivos — disse Mourão à imprensa.
A emissão de gases estufa e o cumprimento das metas do Acordo de Paris serão discutidas durante os encontros da conferência do clima, que reúne cerca de 200 países. O Brasil se comprometeu a reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030.
Porém, de acordo com um relatório divulgado pelo Observatório do Clima na quinta-feira (28), a emissão brasileira de gases de efeito estufa em 2020 cresceu 9,5%, enquanto no mundo a queda foi de quase 7%. O estudo aponta que esse é o maior montante de emissões desde 2006 e justifica a alta no desmatamento na Amazônia, juntamente com as queimadas, como responsável pela porcentagem elevada.