O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão de depoimento do empresário Luciano Hang por volta das 12h, com retomada 45 minutos depois.
Instantes antes, Aziz havia determinado a retirada de um dos advogados da sala. A solicitação se deu a partir de um discussão e de queixas feitas pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) de que teria sido ofendido por um dos advogados.
Aziz também pediu para que Hang entregasse para a segurança do Senado algumas placas confeccionadas por ele com escritos como “Não me deixam falar”.
No retorno da sessão, o advogado de Hang pediu desculpas a Carvalho. Os defensores de depoente foram orientados a tratar somente em questões pontuais com o empresário, sem se dirigir diretamente aos senadores.
Nas primeiras respostas, Hang disse que possui contas no Exterior e offshores em paraíso fiscal, afirmando que todas estão declaradas e regularizadas na Receita Federal. Durante depoimento na CPI da Covid nesta quarta-feira, Hang, no entanto, negou que tenha financiado a disseminação de fake news.
— Temos contas no Exterior, temos offshore, deve ser umas duas ou três, declaradas na Receita Federal, todas essas declaradas e auditadas — disse Hang.
Após Aziz afirmar que o colegiado tem informações sobre o financiamento de fake news por meio das contas no Exterior, e empresário negou:
— Não, não.
Hang também admitiu que recebeu benefícios fiscais para a atividade das empresas Havan no País, mas afirmou que todos os incentivos estão previstos em legislação. Ele ainda classificou como "fake news" a informação de que tenha sido financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).
Parlamentares alegaram que Hang não estava sendo objetivo nas respostas e falando mais do que o perguntando. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu que o empresário se limite a responder ao que é perguntado pelo relator.