A Polícia Federal prendeu no último domingo (5), em Santa Catarina, o bolsonarista Márcio Giovani Nigue, conhecido como "professor Marcinho". Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o bolsonarista disse que há um empresário "grande" que está oferecendo dinheiro pela "cabeça" do ministro Alexandre de Moraes, "vivo ou morto". A ordem foi expedida no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos do Sete de Setembro.
— A partir de hoje temos um grupamento que nós vamos caçar ministro (do Supremo) em qualquer lugar que eles estejam. Portugal, Espanha, China, onde eles estiverem. Tem brasileiro já vendo já. ( ) Não vou falar agora quem é, pode me torturar, mas tem um empresário grande que tá oferecendo, tem até uma grana federal que vai sair o valor pela cabeça do Alexandre de Moraes, vivo ou morto, pra quem trazer ele. Agora no Brasil, os ministros do STF vai (sic) ser assim, vai ter prêmio pela cabeça deles — disse Nigue na gravação que circula nas redes sociais.
Relator de inquéritos e processos que miram o presidente Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes é um dos alvos maiores dos apoiadores do chefe do Executivo, recebendo ataques e ameaças constantes. No Twitter, por exemplo, o ministro do STF recebeu uma ameaça feita por homem que se diz policial militar. Ele afirmou que ele e outros agentes "vão matar" Alexandre e sua família.
Como mostrou o Estadão, as ofensas e ameaças a Alexandre levaram um publicitário à delegacia na sexta-feira (3), alvo de um boletim de ocorrência por injúria. O procedimento foi registrado por um homem que integra a escolta pessoal do ministro, que disse à polícia ter presenciado, na portaria do Clube Pinheiros, Alexandre da Nova Forjas insultar o magistrado e declarar "vamos fechar o STF".