Antes de ar início aos julgamentos na sessão plenária desta quinta-feira (11), o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um pronunciamento para lamentar as perdas da pandemia.
— O custo humano do coronavírus ainda cresce — disse. — Hoje, ao tempo em que muitos países já visualizam a porta de saída da pandemia, o Brasil ainda vive o seu quadro mais crítico desde março de 2020 — acrescentou.
A data escolhida é simbólica: há um ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava o surto do coronavírus, até então considerado uma doença localizada, como uma pandemia.
No discurso, o presidente do Supremo lamentou que, após um ano, o cenário do Brasil ainda seja "preocupante" e falou em um sentimento de "incredulidade e desesperança" que arrebata parte da sociedade. Fux aproveitou para prestar solidariedade aos brasileiros que perderam familiares e amigos.
— Esses indicadores não são apenas números, mas representam pais, mães, avós, tios, filhos, irmãos e amigos; não são apenas óbitos, mas decerto vidas interrompidas, sonhos frustrados e lares desestruturados — reforçou.
O ministro também pregou "diálogo e união" entre os Poderes para enfrentar a crise causada pela doença.
— O nosso país precisa, mais do que nunca, de diálogo e de união entre os três poderes, entre os agentes políticos de todos os níveis federativos e de todas as ideologias, entre os setores público e privado, e, enfim, entre todos os cidadãos. Precisamos trabalhar em prol de medidas eficazes para que a ciência e os bons propósitos possam finalmente vencer o vírus. Não temos tempo a perder — afirmou.
Nos últimos 12 meses, mais de 7 mil processos relacionados à pandemia foram decididos no tribunal.