O procurador da República Deltan Dallagnol está deixando, após seis anos, a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná. A informação foi confirmada nesta terça-feira (1º) pelo Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o órgão, Dallagnol está se desligando "para se dedicar a questões de saúde em sua família". Ainda conforme o MPF, o procurador da República no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira deve assumir as funções antes exercidas pelo então coordenador.
"Por todo esse período, enquanto coordenador dos trabalhos, Deltan desempenhou com retidão, denodo, esmero e abnegação suas funções, reunindo raras qualidades técnicas e pessoais. A liderança exercida foi fundamental para todos os resultados que a Operação Lava-Jato alcançou, e os valores que inspirou certamente continuarão a nortear a atuação dos demais membros da força-tarefa, que prosseguem no caso", diz a nota do MPF.
À frente da Lava-Jato, Deltan Dallagnol assinou diversas denúncias da operação contra empresários e políticos. Entre elas, estão as feitas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O procurador tem ainda dois processos disciplinares abertos contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público. Ambos estão suspensos por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.
Os processos miram a conduta de Dallagnol em relação a publicações em redes sociais e supostas atitudes de promoção pessoal.
O substituto
Alessandro José Fernandes de Oliveira é procurador da República desde 2004 e atua na Procuradoria da República no Paraná desde 2012. Desde janeiro de 2018, integra o Grupo de Trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR).