O governador Eduardo Leite mudou o tom adotado há um mês e garantiu, nesta sexta-feira (8), que as convocações de novos servidores para a segurança pública não dependem da aprovação do pacote de medidas para a carreira e a aposentadoria do funcionalismo. Conforme o governador, que tratou do tema das nomeações em coletiva de imprensa no Palácio Piratini, não há relação de "condicionamento" entre as duas pautas.
— O Estado tem planejamento, olha para o futuro com a confiança de que as reformas serão aprovadas. Não estamos estabelecendo condicionamento aqui, mas chamando à consciência da população, dos servidores e da Assembleia, e, evidentemente, não fazer reformas terá um impacto. Agora, não podemos deixar de prestar os serviços de segurança pública — afirmou Leite.
Em outro trecho da mesma resposta, o governador reforçou:
— Não há condicionamento, mas não tem como desprezar que se vamos fazer um esforço de R$ 750 milhões, esses recursos precisam ser viabilizados e as reformas são muito importantes.
Em outubro, em entrevista à Rádio Gaúcha, Leite havia apontado relação direta entre o chamamento de novos servidores para a segurança e a aprovação de projetos na Assembleia Legislativa.
— É claro que o chamamento de concursados fica sob as condições de ajustarmos as carreiras e a previdência — disse, à época, o governador.
O pacote de propostas para mudar as carreiras e as regras de aposentadoria dos servidores será enviado para análise dos deputados nos próximos dias. Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, os textos serão protocolados na Assembleia assim que a reforma da Previdência for promulgada pelo Congresso, o que deve deve ocorrer na próxima terça-feira (12).