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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu nesta segunda-feira (12) que o doleiro Dario Messer tem o direito de ir ou não ao depoimento marcado para esta terça (13) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Preso pela Lava-Jato, o "doleiro dos doleiros", como Messer é conhecido, tinha uma autorização da Justiça Federal no Rio de Janeiro para ir, sob escolta, à comissão prestar esclarecimentos em Brasília.
Na liminar (decisão temporária), o ministro decano da Corte ainda determinou que seja dada ciência à comissão com urgência sobre a decisão. Situação semelhante aconteceu com o ex-ministro petista Antonio Palloci.
A defesa de Palocci, que é delator da operação Lava-Jato, travou uma queda de braço com a CPI para tentar evitar o depoimento. Após duas sessões em que Palocci conseguiu — por determinação judicial — escapar da declaração, em uma terceira oportunidade foi ouvido em rígido esquema de segurança e em sessão fechada.
Messer é acusado de ser o responsável por um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 5 bilhões, entre 2011 e 2017, segundo a Polícia Federal.
Em razão do volume de propina movimentado, ele ficou conhecido como o "doleiro dos doleiros" e era um dos foragidos mais procurados pela Lava-Jato. Ele está preso desde 31 de julho.
O requerimento foi feito pelo presidente da comissão, Vanderlei Macris (PSDB-SP). O grupo investiga possíveis irregularidades em repasses de verbas do BNDES para empresas brasileiras e estrangeiras durante o governo petista.