A Polícia Federal (PF) instaurou inquéritos para apurar a invasão de hackers a celulares de promotores da força-tarefa da Operação Lava-Jato e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o primeiro inquérito foi aberto há cerca de um mês, apurando especificamente as invasões aos aparelhos dos procuradores.
Já o inquérito envolvendo o telefone de Moro foi aberto há quatro dias. Ainda de acordo com a publicação, a PF foi notificada da possibilidade de invasão por procuradores que desconfiaram de mensagens recebidas por meio do aplicativo Telegram.
No domingo (9), o portal The Intercept Brasil divulgou o conteúdo de mensagens que teriam sido trocadas entre procuradores e o ministro, à época juiz. De acordo com o site, Moro sugeriu mudanças na ordem de fases da Lava-Jato, além de ajudar e passar orientações ao Ministério Público Federal (MPF) no âmbito de ações da operação que depois ele próprio iria julgar.
Em nota oficial, a força-tarefa da Lava-Jato afirmou que “não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho”.