O presidente Jair Bolsonaro cancelou a viagem que faria aos Estados Unidos neste mês. Em Nova York, o presidente seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA como personalidade do ano.
Desde que foi anunciada a distinção, patrocinadores cancelaram apoio ao evento. O Museu de História Natural de Nova York desistiu de sediar a homenagem. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chamou Bolsonaro de "ser humano perigoso". Integrante do partido democrata, citou que vê em no presidente do Brasil "racismo evidente" e "homofobia".
Em nota, o porta-voz da presidência da República, Rêgo Barros, afirmou na noite desta sexta-feira (3) que a pressão realizada contra a escolha de Bolsonaro para a homenagem revela a “ideologização da atividade”.
— Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade — diz o texto.
Além de receber a distinção em Nova York, Bolsonaro participaria de um encontro com integrantes do Partido Republicano em Miami.