Em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deve definir na próxima segunda-feira (8) a situação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, indicando que pode demitir o colombiano. Perguntado se estava satisfeito com o desempenho do chefe da pasta, o presidente sorriu, ficou um pouco em silêncio e respondeu de forma rápida:
— Nós vamos resolver até segunda-feira a situação da Educação. Segunda-feira é o dia do "fico" ou do "não fico" — disse.
A impressão entre os jornalistas que participaram do encontro — que durou cerca de 40 minutos e contou com a presença de editores-chefes de redações de jornais, TVs e portais, entre os quais Zero Hora — é de que o ministro não deve permanecer no cargo, principalmente após outra declaração sobre a situação de Veléz:
— É como uma relação entre duas pessoas. Na segunda a gente decide se vai colocar aliança que está na mão direita na mão esquerda ou se vai para a gaveta.
Na quinta-feira (4), ocorreu uma reunião de cerca de 40 minutos entre Bolsonaro e o ministro. Perguntado sobre uma avaliação geral do setor, o presidente confirmou que está ocorrendo uma análise pela cúpula do governo, provocada pelos resultados obtidos até agora. E repetiu:
— Posso responder na segunda-feira?
Os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, também participaram do evento com os jornalistas.
Ministro nega saída
Em evento do fórum empresarial Lide nesta sexta -feira (5), em Campos do Jordão (SP), o ministro da Educação voltou a dizer que não entregará o cargo. Vélez afirmou que o presidente não conversou com ele a respeito e evitou responder perguntas sobre uma eventual saída da pasta.
— Pretendo participar do fórum e não vou entregar o cargo — enfatizou o ministro.