O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Cemitério e Crematório Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP), por volta das 13h deste sábado (2). Durante cerca de duas horas, ele esteve com familiares e amigos no velório do neto Arthur, que morreu aos sete anos, vítima de meningite.
O petista foi recepcionado por apoiadores aos gritos de "Lula livre". Eles foram autorizados a entrar nas dependências do cemitério, sob recomendação de permanecerem em silêncio, em respeito à família. A orientação foi repassada na fila, pelos organizadores.
O contato dos apoiadores com o ex-presidente ocorreu do lado de fora da capela, sob vigilância da Polícia Militar. Minutos antes da chegada de Lula, a Polícia Federal determinou que ficassem na capela apenas familiares e amigos próximos.
A direção do PT recomendou aos militantes que não realizassem manifestações nas imediações do cemitério. Mesmo sem um movimento organizado, centenas de admiradores do ex-presidente foram até o local em sinal de apoio, a maioria sem utilizar camisetas, faixas ou outros objetos alusivos ao líder do partido.
A cerimônia foi marcada por um clima de forte consternação, segundo amigos de Lula. Estiveram no local a ex-presidente Dilma Rousseff, ex-ministros, como Fernando Haddad e Aloizio Mercadante, além de outros políticos ligados ao PT.
Embora tenha desembarcado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por volta de 8h30min, Lula só chegou ao ABC paulista às 11h. Em razão do sigilo de deslocamento determinado pela Justiça, não foi divulgado o motivo da demora, já que o trajeto de carro levaria cerca de 40 minutos.