A Polícia Federal (PF) se manifestou, nesta terça-feira (29), contra o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o ex-presidente acompanhasse o velório do seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, que morreu nesta terça. O superintendente da Polícia Federal no Paraná, Luciano Flores de Lima, cita a "indisponibilidade do transporte aéreo em tempo hábil para a chegada de Lula" antes da finalização do velório.
"A ausência de policiais disponíveis tanto da PF quanto da PC e PM/SP para garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor", também é citado pelo superintendente.
Na noite desta terça, a juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais de Curitiba, requereu à PF que informasse, ainda nesta terça-feira, sobre a viabilidade de um eventual deslocamento do ex-presidente ao enterro do irmão .A magistrada havia pedido análise da força-tarefa da Lava Jato sobre o pedido do petista. Em petição, o procurador da República reiterou a necessidade de um relatório sobre a viabilidade do deslocamento e da escolta do ex-presidente.
Genival Inácio da Silva, de 79 anos, morreu nesta terça-feira (29), em São Paulo. Ele estava com câncer no pulmão. Na semana passada, Vavá foi internado em um hospital de São Paulo para tratamento, mas não resistiu.
O Ministério Público Federal (MPF) também se manifestou contra a liberação de Lula. Segundo o órgão, "o custodiado não é um preso comum e a logística para realizar a sua escolta depende de um tempo prévio de preparação".