Um dos assessores mais próximos ao presidente, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, defendeu nesta terça-feira (8) que o texto da reforma da Previdência que será encaminhado ao Congresso Nacional nas próximas semanas deverá ser "viável". Na última semana, Jair Bolsonaro havia citado as idades de 57 e 62 anos para aposentadorias de mulheres e homens, respectivamente, abaixo dos limites defendidos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
A declaração foi dada no início da tarde, após a segunda reunião ministerial do governo, no Palácio do Planalto. Ele afirmou que o tema não foi discutido no encontro, mas sustentou:
— Continua aquela teoria da Presidência que tem que ter idades viáveis para ter possibilidade de ser aprovada (no Congresso).
Heleno é um dos militares do primeiro escalão mais próximos a Bolsonaro, tido como conselheiro do presidente. Sua influência preocupa a equipe econômica do governo, que sustenta cortes profundos nas aposentadorias e na concessão de isenções.
No entanto, o entendimento no Planalto é de que será preciso negociar com o Congresso grande parte das ações defendidas por Bolsonaro e que, para isso, haverá a necessidade de fazer concessões políticas, mesmo se houver redução da economia prevista por Guedes.