O governador Eduardo Leite nomeou para a Chefia de Gabinete do Palácio Piratini o engenheiro civil Paulo Morales, de 59 anos, ampliando para 23 o número de secretários. Filiado ao PSDB, Morales é mais um dos nomes do primeiro escalão de governo do Estado que Leite traz de sua experiência como prefeito de Pelotas.
Já instalado na sala ao lado do gabinete do governador, Morales é o secretário que trabalha mais perto de Leite. Durante a gestão de Leite na administração municipal, Morales foi secretário de Qualidade Ambiental e de Obras e Serviços Urbanos. A prefeita que sucedeu Leite, Paula Mascarenhas, manteve Morales na pasta do Planejamento e Gestão. Além dele, também trabalharam com Leite, em Pelotas, a secretária de Cultura, Beatriz Araújo, e a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
O chefe de gabinete de Leite foi nomeado na segunda-feira (14) – sem divulgação ou anúncio oficial, como ocorrera com os demais integrantes do primeiro escalão – para um dos dois cargos de secretário extraordinário de Estado. Considerado cargo que exige extrema confiança do governador, a Chefia de Gabinete tradicionalmente fica associada ao posto de secretário de Estado. O ex-governador José Ivo Sartori teve, entre os seus chefes de gabinete, Idenir Cechin, Carlos Búrigo e João Carlos Mocellin.
O novo secretário afirmou que o desafio à frente do cargo é "grande" em função da situação em que o Estado se encontra, mas que não tinha como recursar o convite em razão do convívio que teve com Leite em outras ocasiões no poder público e da confiança que tem no trabalho do governador.
— Em uma hora dessas, a gente tem de deixar os interesses pessoais (de lado). Sou empresário, tenho duas empresas em Pelotas, mas estou aqui contribuindo da melhor maneira possível para o sucesso desse governo.
Morales destacou que o seu status de secretário não significa a criação de mais uma pasta no Executivo do Estado. A chefia de gabinete é um cargo fixo e não precisa da criação de nova estrutura na administração pública:
— O cargo de chefe de gabinete não está sendo ocupado por ninguém. Eu sou secretário exercendo as funções de chefe de gabinete. A estrutura existente na organização administrativa de chefe de gabinete já existe, independentemente de eu seu ser um secretário extraordinário ou não.
A contagem de secretários e órgãos com status de secretaria no governo Leite leva em conta aqueles nomes que foram anunciados pelo governador, mas que assumirão os postos, oficialmente, apenas nas próximas semanas. É o caso de Ana Amélia Lemos (PP), que será secretária de Relações Federativas e Internacionais após cumprir seu mandato como senadora, que se encerra em 31 de janeiro.
Além da Chefia de Gabinete, associada ao Gabinete do Governador, a gestão Leite conta com 23 estruturas de secretarias e órgãos com status equivalente. O vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, responde simultaneamente pelas pastas da Segurança Pública e da Administração Penitenciária.