
Policiais civis e representantes do Ministério Público (MP) fizeram operação, nesta segunda-feira (10), para prender o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, suspeito de corrupção e formação de organização criminosa. A ação é um desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro.
Além do prefeito, são alvos da operação o ex-secretário municipal de Obras Domício Mascarenhas de Andrade e três empresários do ramo de transporte público rodoviário. De acordo com o MP, as empresas de ônibus pagavam propina aos agentes públicos da cidade.
De 2014 a 2018, segundo a investigação, foram desviados aproximadamente R$ 10,9 milhões dos cofres públicos para pagamentos ilegais.
O Tribunal de Justiça expediu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os acusados, que estão sendo cumpridos na manhã desta segunda-feira no gabinete do prefeito, nas sede de oito empresas de ônibus, nos escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit e no Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj).
A chamada Operação Alameda é resultado de acordo de colaboração premiada firmado pelo empresário Marcelo Traça com o Ministério Público Federal e do compartilhamento de provas, autorizado pelo Juízo da 7ª Vara Federal.
Governador também na mira
No último dia 29, o governador do Rio de Luiz Fernando Pezão (MDB) foi preso acusado pela Operação Lava-Jato de receber R$ 39 milhões — em valores atualizados — em propina em espécie. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter dado continuidade ao esquema de desvio de dinheiro público liderado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), que também está preso. O governador nega as acusações.