Após convidar a assessora do senador Magno Malta (PR-ES), a advogada e pastora Damares Alves, para o Ministério dos Direitos Humanos e frustrar a expectativa de que pudesse convidar o parlamentar para uma pasta, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que Malta não ficará "abandonado", mas que não deve assumir um ministério.
— O Magno Malta é uma pessoa que me ajudou muito, que eu respeito. Não vai ficar abandonado, ele tem como participar do governo em outra função — disse Bolsonaro a jornalistas em Cachoeira Paulista (SP), onde visitou o Santuário da Canção Nova.
A função para Magno Malta, no entanto, não está definida.
— Existe campo para ele, sim. Mas, infelizmente, os ministérios estão se esgotando — declarou o presidente eleito.
Bolsonaro procurou afastar sua responsabilidade após deixar a bancada evangélica e pastores descontentes com a falta de convite a Magno Malta.
— Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém, pretendemos aproveitar as boas pessoas, agora não podemos dar ministério para todo mundo — disse.
Em entrevistas que deu no Vale do Paraíba nesta sexta-feira (30), Bolsonaro afirmou que faltam dois ministérios para oficializar os titulares, fazendo referência às Pastas do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos.
Questionado sobre a quantidade de ministérios no governo, Bolsonaro afirmou que ficará "na casa dos 20" e próximo à metade do quadro atual. Na campanha, ele havia falado em reduzir para 15 pastas. O presidente eleito afirmou também que poderá escolher mais militares para o governo e que as indicações ocorrem com base no currículo dos indicados. Confira os ministros já confirmados para o governo de Bolsonaro.