Indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia, o tenente-coronel Marcos Pontes, disse que não há ainda definição sobre se o Ensino Superior deve ficar sob o guarda-chuva de sua futura pasta. "Estou na espera para pensar em impactos, como isso poderia ser feito", disse. "Não tenho nenhuma proposta pronta ainda nesse sentido."
Pontes disse, no entanto, ser um "obcecado por educação" e que quer levar a ciência para a educação. "Tenho uma boa esperança de que consigamos recuperar, no mandato, a ciência e tecnologia no Brasil", afirmou.
Ele citou o orçamento apertado da pasta e pouca atenção para detalhes, como pesquisas básicas, entre suas preocupações. Disse que o orçamento é uma da primeiras questões que pretende tratar e que quer contornar parte desse problema com parcerias com o setor privado, que podem incentivar startups de tecnologias em todo País.
Pontes disse que pretende também fazer parcerias com os demais ministérios, como o da Saúde e Agricultura, para o desenvolvimento de tecnologias. Ele vai se reunir com o atual ministro Gilberto Kassab na semana que vem, em Brasília, para "fazer um raio-x" e iniciar a transição.
Sobre os demais ministros já indicados por Bolsonaro, Pontes disse que a nomeação do juiz Sérgio Mouro foi "excelente" e que eles irão formar um "time de patriotas".
No ministério, disse que quer que os que trabalham com ciência vejam nele um parceiro. "Serei um centroavante."