O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello defendeu, em entrevista ao programa Timeline, na manhã desta quinta-feira (9), a aprovação do reajuste de 16,38% no salário da própria categoria alegando que a "decisão foi estritamente institucional" e "pensando no bom funcionamento do judiciário".
A votação, realizada na noite de quarta-feira (8), decidiu por 7 votos a 4 incluir o reajuste salarial na proposta orçamentária a ser encaminhada ao Ministério do Planejamento, referente ao ano de 2019. Para o ministro, este era um problema "que merecia equacionamento" também devido à discussão relacionada à extinção do auxílio-moradia:
— Vamos enfrentar a questão do auxílio-moradia, e a premissa é que ele não deve existir. Seria possível bater o martelo no sentido de afastar o auxílio-moradia sem ter uma compensação?
Questionado sobre o fato de o reajuste ser aprovado em meio à atual crise nas contas públicas, o ministro alegou que, apesar de "ficar antipático para a população", foi uma decisão que respeita a Constituição Federal:
— Os servidores não são responsáveis pelo estado atual das finanças públicas — disse.
Ouça a entrevista na íntegra:
Apesar de estar incluso no orçamento da Corte, o reajuste salarial ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal (o projeto de lei já recebeu aval da Câmara) e sancionado pelo presidente Michel Temer para entrar em vigor.