A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) participou neste domingo, 26, de uma roda de conversa com mulheres do Capão Redondo, bairro da zona sul de São Paulo. Organizado pela ONG Universidade da Correria, o encontro aconteceu em uma residência comum, de uma não militante. Mais do que isso, a cabeleireira Evelyn Deise, 35 anos, uma das proprietárias da casa que ofereceu o espaço para o diálogo foi eleitora da presidente cassada Dilma Rousseff e é simpática ao ex-prefeito de São Paulo e vice na chapa petista Fernando Haddad.
— Ainda estou pensando em quem vou votar dessa vez — comentou Evelyn.
O bate papo aconteceu com cerca de 20 mulheres e moradoras da região. Marina falou um pouco de sua história e respondeu perguntas sobre saúde, educação, empreendedorismo e economia. Ao ser questionada sobre aumento do salário mínimo, a candidata não se comprometeu com um valor específico, mas prometeu trabalhar para manter o poder aquisitivo do salário mínimo. Ela criticou o legislativo e o judiciário por se concederem aumentos em momento de crise.
Perguntada sobre a possibilidade de ganho real do salário mínimo, Marina voltou a dizer que "vai trabalhar para que a economia volte a crescer para que as pessoas tenham um salário justo" e que o compromisso "é de manter o poder de compra do cidadão".
No final do evento, Marina ressaltou que a participação das moradoras no encontro não significa alinhamento político imediato delas em relação à sua candidatura.
— Eu estou aqui para selar um compromisso de políticas públicas com as periferias — disse.
Ela também afirmou que pretende construir casas populares integradas com o transporte público e com saneamento básico.