Durante evento em Esteio, nesta sexta-feira (8), o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun, reclamou da “petulância” dos que criticam os políticos brasileiros. Segundo ele, “essa guerra contra a política” tem levado a sociedade “a um desejo de autodestruição”.
— Como é que tem gente com a petulância de criticar tanto a política, quando existe tanta gente séria, decente e honesta se dedicando a isso a que nós nos dedicamos, de fazer a política séria? — questionou.
Marun participou de evento, no Parque de Exposições Assis Brasil, para entrega de máquinas agrícolas a municípios gaúchos. Em seu discurso para uma plateia formada majoritariamente por prefeitos, aproveitou para criticar a imprensa.
— Essa guerra contra a política, que tem por maior alvo o presidente da República, tem levado a sociedade brasileira a um desejo de autodestruição. Quando as coisas começam a dar uma melhorada, se dá um jeito de desarrumar. Será que isso (entrega das máquinas) vai ser noticiado a nível nacional? Eu não sei. Agora, se um trator desse furasse um pneu e alguém fotografasse o trator com pneu furado, iria aparecer (na imprensa): “Temer e Sartori entregam trator com pneu furado no Rio Grande do Sul”. A verdade é essa! — disse.
As críticas à imprensa foram endossadas pelo deputado federal Giovani Cherini (PR), coordenador da bancada gaúcha em Brasília. Segundo ele, a divulgação de notícias ruins sobre a política faz com que a população acredite que “político não faz nada”.
— Dizem muito que político não faz nada. Porque, as vezes, a imprensa não consegue divulgar as coisas boas que os políticos fazem. Só divulgam o que é de ruim. É óbvio que a população não vai entender — discursou.
Essa guerra contra a política, que tem por maior alvo o presidente, tem levado a sociedade brasileira a um desejo de autodestruição.
CARLOS MARUN
Ministro da Secretaria-Geral de Governo
Outro ministro do governo Temer presente ao evento, o gaúcho Eliseu Padilha aproveitou para defender a situação atual da economia brasileira e os pré-candidatos à Presidência que defendem o ajuste fiscal.
— Estamos bem sob o ponto de vista da economia, mas temos que fazer com que este bem permaneça. Não podemos permitir que tenhamos descompromissos com o ajuste fiscal. Temos que ver os compromissos desses futuros candidatos à presidência da República. Como eles interpretam a reforma do Estado, o ajuste fiscal, a reforma da Previdência, que é absolutamente indispensável, o pacto federativo — disse Padilha.
No evento, foram entregues as chaves das 576 máquinas e equipamentos agrícolas a prefeitos de 336 cidades gaúchas. Os mais de R$ 72 milhões usados na compra das máquinas foram fruto de uma união entre os congressistas do Estado – deputados e senadores acertaram uma destinação conjunta de suas emendas parlamentares de 2017 para essa finalidade.