O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (3) a visita de dois amigos: o ex-governador da Bahia, e possível plano B na corrida ao Planalto do PT, Jaques Wagner; e a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann.
Os dois estiveram com o petista durante uma hora na "cela" especial reservada para ele na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Por um acordo entre a família, a defesa e a PF, ficou ajustado que nas quintas-feiras, dia reservado para as visitas de família, a hora final poderá ser usada para amigos autorizados pelo ex-presidente.
Segundo Gleisi, o ex-presidente disse a ela que está "desconjurado com a situação" de seu isolamento no cárcere da Lava-Jato. Gleisi foi a primeira a ver Lula.
Pelo acordo, cada amigo visita o petista individualmente e divide o tempo de forma igual.
Jaques Wagner, o segundo a visitar o petista, disse a jornalistas na saída da PF que Lula está "extremamente indignado com a injustiça praticada contra ele".
— A esperança dos brasileiros está enjaulada num quarto aqui na Polícia Federal — disse o ex-governador da Bahia, cotado como possível substituto do ex-presidente para as eleições presidenciais.
Jaques, que provocou protestos de petistas na última terça-feira (1º), ao falar sobre alternativas caso Lula não consiga disputar a eleição, minimizou hoje a polêmica.
— Vamos com ele (Lula) até o final da linha.
Questionado por jornalistas sobre as conversas com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, Gleisi interferiu e disse que "Ciro não é a pauta do PT, nem foi da conversa (com Lula)".