A Operação Skala, deflagrada nesta quinta-feira (29), e que atinge aliados de Michel Temer, também investiga suspeita de pagamentos irregulares na reforma da casa da filha do presidente da República. Além das prisões, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, determinou a intimação para depoimento de quatro pessoas, incluindo a arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do Coronel Lima, um dos detidos, e sócia do marido na PDA Projeção e Direção Arquitetônico Ltda.
"Trata-se da empresa que realizou reforma de alto custo em imóvel da senhora Maristela Temer, filha do Excelentíssimo Senhor Presidente da República. Há informações sobre pagamentos de altos valores em espécie", destaca Barroso.
Segundo o jornal O Globo, essa seria a primeira prova do elo financeiro entre Temer e Lima. Os investigadores suspeitam que a reforma tenha sido paga com dinheiro de propina. O imóvel da filha do presidente, localizado no bairro de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, tem cerca de 350 metros quadrados e foi adquirido por Maristela em 2011 e reformado em 2014.
Um dos fornecedores da obra afirmou que recebeu R$ 100 mil em espécie da da arquiteta Maria Rita.
Operação
A Polícia Federal (PF) prendeu na operação o advogado José Yunes e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, amigos pessoais do presidente Michel Temer. A Operação Skala também prendeu Celso Grecco, dono da empresa Rodrimar, empresa que atua no porto de Santos, no litoral de São Paulo, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB), e Milton Ortolán, ex-assessor de Rossi, Celina Torrealba, uma das donas do grupo Libra.
A ação é decorrente do inquérito que apura irregularidades em decretos de Temer no setor portuário.