A Operação Lava-Jato completa quatro anos no próximo dia 17. O programa Timeline, da Rádio Gaúcha, convidou o procurador Antônio Carlos Welter, que é membro da força-tarefa da operação, para fazer uma análise das investigações e algumas projeções sobre o futuro dos trabalhos. O procurador acredita que enquanto existirem motivos que justifiquem os trabalhos a operação se mantém forte.
— Nosso maior problema hoje é justificar o trabalho e a continuidade. São quatro anos de trabalho e ela se justifica enquanto produzir, apresentar resultados, apurar fatos, levar pessoas ao Judiciário e recuperar patrimônio. Enquanto a gente conseguir isso, a operação se justifica — afirmou.
O procurador também disse que a operação não foi afetada pela troca de governo e que o Ministério Público não sofre influência do Poder Executivo. Questionado sobre a pressão sofrida por parte de políticos que fazem críticas à Lava-Jato na imprensa, Welter afirmou que isso faz parte do processo e que existem casos mais preocupantes.
— O que nos preocupa é aquele (político) que tem a oportunidade de chamar a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar café da manhã no domingo — disse, fazendo referência ao encontro do presidente Michel Temer coma ministra Cármem Lúcia no último domingo (11).