Diante de um cenário de instabilidade na segurança do Rio de Janeiro, uma série de medidas especiais está sendo tomada nas penitenciárias do Estado. Algumas delas, que já estavam sendo planejadas, foram antecipadas após o anúncio de intervenção federal na segurança pública fluminense, na última sexta-feira (16).
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que a "intervenção abrange todos os setores da Segurança Pública e, dessa forma, coube ao Secretário antecipar algumas medidas de controle, na intenção de evitar qualquer reação da população carcerária".
David Anthony Gonçalves Alves assumiu a Seap no dia 24 de janeiro. Desde então, mudanças na gestão dos presídios estavam em andamento, informou sua assessoria de imprensa. Ele afirma que aceitou o cargo para reorganizá-lo, "visando um novo modelo de gestão, promovendo maior integração com a Secretaria de Segurança Pública", afirmou.
Representante dos servidores públicos nas penitenciárias do Rio, o Sindsistema Penal do Estado divulgou comunicado, no sábado (17), no qual classifica como positiva a intervenção federal, mas afirma que a categoria não será "subserviente a vaidades". O sindicato ainda destaca a superlotação e insuficiência de pessoal nos presídios, que contribuiriam para agravar o estado de insegurança.