O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira (29) que a reforma da Previdência deverá ser menor do que a esperada, como todas as outras que viraram "minirreformas", e não será fácil nem simples de ser aprovada. A declaração foi dada durante encontro com reitores de universidades e instituições de pesquisa no Rio de Janeiro.
– Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdência já é menor do que o governo gostaria (...) Vamos ver o que vamos conseguir até o final de outubro, não é fácil, não é simples – disse.
Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as 63 universidades federais do Brasil somam um déficit de R$ 5 bilhões. Maia prometeu ajuda no curto prazo para as instituições localizadas no Rio, mas ressaltou que é preciso olhar no longo prazo e, por isso, é importante aprovar a reforma da Previdência.
– Quando a gente fala que o déficit da Previdência atrapalha a vida das pessoas, é que com isso temos menos investimentos em ciência e tecnologia, em educação, por isso eu chamo de "incêndio fiscal", se nós não fizermos a reforma do Estado brasileiro, o mínimo que seja agora, e uma mudança profunda na próxima legislatura, estamos inviabilizando investimentos em áreas fundamentais no país – afirmou.
Ele lembrou que só entre este ano e o próximo o déficit da Previdência aumentará em R$ 50 bilhões. Na reunião com as universidades, ele estima que a ajuda seria entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
– Claro que vamos resolver (universidades e pesquisa), no curto prazo vamos dar uma solução em conjunto, e no médio e longo prazo vamos continuar com a nossa defesa, o governo federal não pode ter mais um Orçamento desse tamanho, de trilhão de reais, e não ter investimento com educação – explicou.