Professores estaduais registraram um boletim de ocorrência contra José Ivo Sartori na manhã desta segunda-feira (4) na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Os docentes denunciam o governador por descumprir a Constituição do Estado ao parcelar os salários do funcionalismo.
Na última quinta-feira (31), o Piratini depositou somente R$ 350 na conta dos servidores, a menor parcela paga pelo governo desde o início do fatiamento dos vencimentos - anteriormente, o valor mais baixo havia sido de R$ 450. Até o momento, não há previsão de pagamento integral dos salários.
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– Não se trata somente de parcelamento, mas de atraso do pagamento. É uma situação dramática – disse a vice-diretora da Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot, Neiva Lazzarotto, que participou da manifestação.
O protesto começou em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, próximo à Avenida João Pessoa. Do local, os professores seguiram em caminhada em direção ao Palácio da Polícia, na Avenida Ipiranga, onde realizaram o ato simbólico.
Cerca de 75 docentes de 36 escolas assinaram o registro policial. O documento cita a decisão concedida pela Justiça ao Cpers-Sindicato que determina que o governo pague integralmente os salários dos professores da rede estadual de ensino. "Embora a decisão judicial, reiteradamente o Estado do Rio Grande do Sul vem descumprindo a ordem judicial", cita o boletim.
Agora, o boletim segue para o Departamento Judicial Operacional (DJO) da Polícia Civil, responsável pela distribuição dos casos. Em outras localidades, professores também registraram ocorrências contra Sartori. Nos próximos dias, o Cpers-Sindicato deve reunir os documentos e ingressar com um processo contra o governo.