A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Lava-Jato que investigava o recebimento de propina pelo senador e presidente do Democratas José Agripino Maia (RN). No relatório, a PF atribui ao parlamentar a prática dos crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e prevaricação.
De acordo com a investigação, Agripino Maia recebeu R$ 2 milhões como propina da construtora OAS em troca de auxílio político na liberação de recursos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionados à construção da Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte, em 2013.
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O recebimento das vantagens ilícitas, segundo a PF, teria ocorrido por meio de doações eleitorais oficiais, que foram direcionadas ao diretório do Democratas. Segundo a PF, o valor da propina teria sido depositado em contas do próprio senador e de familiares, entre os anos 2012 a 2014.
Conforme o relatório do inquérito, as provas foram obtidas após análise de mensagens de texto extraídas do celular do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, e nas informações obtidas nas delações premiadas de Alberto Youssef e Rafael Angulo Lopez, além do exame de mais de mil páginas de documentos, oitiva de testemunhas e quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados.