O inquérito que apura o pagamento de propina a políticos na obra de extensão da linha do trensurb trocou de mãos. A ministra Rosa Weber substitui na relatoria do caso o colega Edson Fachin, responsável pelos processos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o deputado federal Marco Maia (PT-RS) estão entre os alvos da investigação, aberta a partir da delação da Odebrecht. A redistribuição do inquérito atendeu a pedido da defesa de Padilha.
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O advogado Daniel Gerber alegou que as suspeitas de irregularidades na extensão do trem entre São Leopoldo e Novo Hamburgo não têm relação com a Petrobras, ou seja, estão fora do escopo da Lava-Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concordou com o argumento.
Além de Padilha e Maia, são investigados o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e os ex-presidentes da estatal Trensurb Marco Arildo Prates da Cunha e Humberto Kasper. Os delatores Benedicto Junior e Valter Lana, ex-dirigentes da Odebrecht, narraram o repasse de propina aos investigados, identificados por apelidos. Padilha teria recebido R$ 1,49 milhão (Bicuíra), Maia R$ 734,7 mil (Aliado), Bernardo R$ 934,5 mil (Filósofo), Marco Arildo R$ 260,3 mil (Sucessor) e Kasper R$ 38,7 mil (Jornalista). Os cinco rebatem as suspeitas.