O governo estadual anunciou 6,1 mil novas vagas para a área de segurança pública no Rio Grande do Sul. Os novos servidores serão selecionados para Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. O comunicado ocorreu na manhã desta terça-feira (4), no Palácio Piratini. Serão 4,1 mil vagas para soldado da BM, 200 para oficial da BM, 450 para soldado do Corpo de Bombeiros, 50 para oficial do Corpo de Bombeiros, 1,2 mil vagas para agente da Polícia Civil e 100 para delegado da Polícia Civil.
– Este reforço vai atender a demanda de todas as regiões. A Capital e a Região Metropolitana são muito importantes, mas precisamos pensar no Interior. O crime migra de um lugar para outro e vamos combatê-lo em todos os recantos do Rio Grande do Sul – afirmou o governador José Ivo Sartori.
O secretário da Segurança Pública Cezar Schirmer afirmou que os editais de concurso devem ser lançados em até 30 dias. A expectativa é de que a seleção ocorra ainda em 2017. Já o chamamento dos novos servidores ficará para 2018.
– A expectativa é de que a situação das finanças melhore gradativamente. Nós vamos começar a repor essas aposentadorias de forma gradativa, não só repondo os que se aposentam, mas sempre trazendo quem sabe 10, 20% além daqueles que se aposentaram de forma que, ao cargo de alguns anos, nós vamos poder suprir essa carência brutal de efetivos tanto na Brigada Militar como na Polícia Civil – promete Schirmer.
O custo do concurso ao governo será de R$ 11 milhões. As inscrição pagas pelos interessados, no entanto, deverá amenizar o investimento do Piratini na seleção.
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Segundo Sartori, 4 mil servidores ingressarão em órgãos de segurança até o final de 2017. O governador ainda citou que estão em andamento dois concursos públicos: um para a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Supepe), com 720 vagas, e outro para o Instituto-Geral de Perícias (IGP), com 106 vagas.
– O que está acontecendo hoje é fruto do que aconteceu na semana que passou, A aprovação de alguns projetos que dizem respeito à questão da segurança ajudaram a criar essa decisão de governo – disse Sartori em referência a projetos aprovados pela Assembleia na terça-feira (27).
Na semana passada, os deputados estaduais aprovaram, por 32 votos a 16, o projeto de lei complementar (PLC 243/2016) que proíbe averbação da licença especial em dobro para policias militares. Hoje, os profissionais podem optar por não tirar licenças para se aposentar mais cedo. Com a proibição, o tempo de serviço aumentará em três anos.
No ano passado, o governo estadual determinou a realização de concursos para a contratação de profissionais para o Instituto Geral de Perícias e para a Susepe.