Eleita no último final de semana como a nova presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que o partido tem como plano trabalhar ativamente na candidatura de Lula à Presidência da República. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade na manhã desta segunda-feira (5), Gleisi disse que o ex-presidente está sendo criminalizado injustamente, e que não há provas concretas contra ele.
– Quanto mais tentam enfraquecer o Lula, mais ele cresce nas pesquisas. Lula teve que fazer alianças para poder governar, mas ele foi o único que trabalhou pelos pobres, e é isso que as pessoas veem (...). Não tem nenhuma prova contra ele, as pessoas sabem que ele não é (culpado) e ficam tentando fazer uma tese para incriminá-lo – afirmou.
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Questionada sobre a quantidade de membros do partido que são investigados na Operação Lava-Jato, assim como sobre o fato de ela ser ré em uma das ações, Gleisi defendeu que "há excessos", assim como "muita manipulação e perseguição" nas investigações:
– Não estou falando que o PT não cometeu nenhum erro. O erro foi entrar no financiamento privado de campanha, mas isso era do jogo. Todo sistema era assim. Não termos enfrentado isso antes foi uma falha. Agora o Brasil tem que enfrentar isso, tem que colocar limites nos gastos eleitorais para não eleger só quem é rico.
Sobre a sua situação com a Justiça, a senadora afirmou que não está "condenada", mas apenas sendo investigada em um processo "que tem uma série de falhas".
– Eu tenho minha defesa pronta. Era só o que faltava as pessoas serem condenadas por antecipação, principalmente em um processo como esse, que tem um forte viés político.
A senadora afirmou, ainda, que o principal desafio do PT neste momento é estar ao lado do povo brasileiro para lutar contra as reformas propostas no governo Temer:
– Não queremos a reforma da previdência porque tira os direitos das mulheres, dos agricultores. Assim como não queremos a trabalhista, feita para que as pessoas tenham seus direitos básicos retirados.