Veja o que ocorreu nesta sexta-feira (26):
Temer pede sorteio de relator no STF e separação da investigação sobre Aécio
A defesa do presidente Michel Temer pediu que o inquérito aberto contra o peemedebista seja redistribuído, em um sorteio de um novo relator, e seja desmembrado, para que a investigação sobre Temer corra em separado à apuração sobre os fatos suspeitos contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). A petição da defesa de Temer foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito, poucas horas depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido autorização para marcar o depoimento do presidente. Os advogados de Michel Temer dizem que "os fatos que se pretende levar a investigação em face do Sr. Presidente da República são totalmente distintos daqueles imputados ao Senador Aécio Neves e ao Deputado Rodrigo Loures".
Maria Silvia Bastos Marques pede demissão da presidência do BNDES
Em meio à crise que atinge o governo do presidente Michel Temer, a então presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (26). Maria Silvia, que assumiu o posto em junho de 2016 após nomeação de Temer, estaria sofrendo pressão de empresários na liberação de créditos. O diretor Ricardo Ramos vai comandar interinamente a presidência do BNDES. Em comunicado, a assessoria do banco informou que Maria Silvia deixou a presidência "por razões pessoais". Poucas horas após o pedido de demissão, Temer, anunciou que convidou o economista Paulo Rabello Castro, atualmente presidente do IBGE, para assumir a presidência do banco de fomento. Castro começará seu trabalho na instituição na próxima semana, conforme comunicado da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
Movimento Vem Pra Rua pede renúncia de Temer
O movimento Vem Pra Rua lançou comunicado, nesta sexta-feira (26), pedindo a renúncia do presidente Michel Temer. Em nota divulgada nas redes sociais, o grupo também pede o cumprimento do que é previsto na Constituição. O movimento apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e foi atuante em diversos atos contra a petista, afastada no ano passado. O grupo diz que o "Brasil está sendo passado a limpo" e pede que políticos corruptos sejam eliminados da vida pública. Entre os citados na nota, estão os ex-presidentes José Sarney (PMDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).
PF apreende na casa de Aécio comprovantes de depósito identificados como "cx 2"
No relatório sobre o material apreendido no gabinete e nas residências do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) durante a Operação Patmos, deflagrada no dia 18, a Polícia Federal diz ter encontrado "diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição "CX 2". A lista completa de materiais apreendidos inclui telefones celulares, obras de arte, documentos e anotações sobre a Construtora Norberto Odebrecht e Joesley Batista. No apartamento que o senador tem na Avenida Vieira Souto, no Rio, os agentes encontraram "diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas" e "diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição caixa 2". A PF informou que apreendeu R$ 480 mil que suposto operador de Aécio escondeu antes de operação.
Janot diz que Temer admitiu encontro e pede autorização do STF para ouvir o presidente
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar o depoimento do presidente Michel Temer, do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), também afastado do mandato. As diligências foram solicitadas nos inquéritos a que os acusados respondem na Corte, a partir das delações da empresa JBS. Janot também defendeu a validade das gravações entregues pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, que gravou conversas com Temer, Aécio e Loures.
Gilmar Mendes defende que delação da JBS seja levada ao plenário no STF
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que a homologação das delações dos donos da JBS deve ser submetida ao plenário do STF. Fechados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), os acordos com os irmãos Batista tem provocado polêmica porque eles conseguiram direito a imunidade e autorização para morar nos Estados Unidos. Como a delação dos empresários Joesley e Wesley Batista envolvem o presidente Michel Temer, ele afirmou que o caso terá de ser discutido pela instância máxima do STF, que é o plenário.