O presidente Michel Temer não quer ser questionado agora pela Polícia Federal sobre a conversa que teve com o empresário Joesley Batista, da JBS, ocorrida na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu e gravada pelo empresário.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o advogado do presidente, por meio de petição ao ministro Edson Fachin, vai pedir que determine à PF que se abstenha de incluir no interrogatório perguntas sobre o conteúdo da conversa com empresário delator. O motivo alegado é o fato de que a perícia do áudio ainda não ter sido concluída pela PF.
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Durante a conversa gravada por Joesley, Temer reage com "ótimo, ótimo" às informações do delator que narra ter corrompido o procurador da República Ângelo Goulart e conta sobre pagamento de mesada milionária para Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara preso desde outubro de 2016.
Os investigadores argumentam que Temer não poderia ter se omitido quando informado por Joesley sobre práticas criminosas.