Revogado pelo presidente Michel Temer, o decreto que convocou as Forças Armadas para garantir a segurança e proteger prédios públicos em Brasília durou cerca de 18 horas. A medida havia sido tomada na tarde da quarta-feira (24) para conter a violência durante protesto de centrais sindicais, e foi tornada sem efeito em edição extra do Diário Oficial da União na manhã desta quinta (25).
Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o presidente considerou que já havia sido "restaurada a ordem, a tranquilidade, o respeito a vida e ao patrimônio público". Os 1,5 mil militares do Exército e da Marinha que foram mobilizados já começaram a deixar a Esplanada, onde o clima é de normalidade nesta quinta. Os trabalhadores seguem entrando nos ministérios sem dificuldades de trânsito ou revista de segurança.
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Segundo Jungmann, não houve nenhum confronto entre as Forças Armadas e os manifestantes.
Na quarta-feira, o protesto contra as reformas do governo e pela renúncia de Temer acabou com 49 pessoas feridas e oito presos, conforme a assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF). Dos feridos, ao menos um foi atingido por disparo de arma de fogo. No entanto, ainda não foi esclarecido se era de munição letal. O autor do disparo não foi identificado até o momento.
A Polícia Militar do Distrito Federal anunciou que vai abrir inquérito para investigar policiais militares que aparecem, em imagens, com armas de fogo em mãos apontando para manifestantes.