O presidente Michel Temer fez uma lista de cerca de 25 parlamentares que deverão ter seus aliados demitidos de cargos públicos por terem votado contra o governo na proposta de reforma trabalhista. E também por não estarem apoiando a reforma da Previdência. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Leia mais
Temer: "Uma das responsabilidades são essas reformas que estamos fazendo"
Para aprovar reformas, governo faz ofensiva sobre partidos nanicos
Começa sessão da comissão especial para discutir parecer sobre Previdência
Considerados "infiéis", esses parlamentares devem perder os cargos, que serão direcionados para outros deputados em troca de apoio para a reforma da Previdência.
Conforme a reportagem, o governo estaria se considerando traído por 70 parlamentares e espera, com a estratégia das demissões, dar um recado aos demais e garantir apoio.
As demissões vão atingir aliados daqueles parlamentares nos quais o governo não identifica chance de reversão das posições. Há nomes de 10 partidos, como PMDB, PP e PSB, que deve ser o mais atingido por estar declaradamente contra a reforma da Previdência.
Quando passam a compor a base aliada, esses deputados ganham direito a indicações para cargos da administração federal em seus Estados. A lista foi feita na noite de quinta-feira, segundo a Folha de S. Paulo, em reunião com a participação de Temer e de alguns dos seus ministros.
A reportagem apurou que as demissões não seriam definitivas. Há chance de serem revertidas se os padrinhos decidirem apoiar o governo na reforma da Previdência. Também serão poupados parlamentares que votaram contra a reforma Trabalhista, mas que prometem apoiar a da Previdência.