O juiz federal Sergio Moro mandou soltar João Cláudio Genu, ex-assessor do PP condenado na Operação Lava-Jato. A medida foi tomada nesta quarta-feira após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, nesta terça-feira, a Corte ordenou a revogação da prisão preventiva de Genu.
Na mesma sessão, o Supremo mandou soltar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenado na Lava Jato.
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Ao expedir alvará de soltura de Genu, o juiz Sergio Moro impôs ao ex-assessor duas medidas cautelares: proibição de deixar o país e proibição de mudança de endereço sem autorização do Juízo.
Apontado como braço direito do ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) – a quem a Lava-Jato atribuiu o papel de criador do esquema de corrupção e cartel instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 – Genu estava preso desde maio de 2016 por ordem do juiz federal Sergio Moro.
Em dezembro, Moro condenou Genu a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. O juiz absolveu Genu do crime de lavagem de dinheiro.
Na sentença, Moro apontou que o ex-assessor teria recebido R$ 3 milhões em propina do esquema de corrupção instalado na Petrobras, mesmo enquanto era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão. Moro considerou o fato perturbador.
Agora, Genu poderá recorrer em liberdade da condenação imposta a ele por Moro.