O juiz federal Sergio Moro ouviu nesta terça-feira as testemunhas de defesa dos sete acusados na ação penal da Operação Lava-Jato que envolve o caso do triplex no Guarujá, litoral paulista, e no qual há sete réus, sendo um deles o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos foram colhidos por videoconferência na Justiça Federal de São Paulo e começaram por volta das 9h30min.
Foram ouvidos Lauro Gomes Ladeia, que trabalhou na OAS Empreendimentos de 2009 a 2015; Carlos Alberto Innocêncio, arrolado pela defesa do ex-diretor da OAS Empreendimentos, Roberto Moreira Ferreira; Carlos Fernando Heckmann Júnior, também arrolado pela defesa de Ferreira; Fernando Hiroyuki Inoshita, arrolado pela defesa do ex-presidente da OAS Empreendimentos, Fábio Hori Yonamine; Otávio Santos Lima, arrolado pela defesa de Roberto Moreira Ferreira; André Santana Cerqueira, que trabalhou na área de planejamento financeiro da OAS Empreendimentos, de 2009 a 2015, na defesa de Fábio Hori Yonamine.
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No período da tarde são ouvidos, em São Bernardo do Campo, a testemunha de defesa arrolada por Lula, Valmir Moraes da Silva; e de defesa de Paulo Okamoto, Sérgio Aparecido Nobre. Os depoimentos por videoconferência começaram às 16h.
A denúncia contra Lula foi aceita em setembro do ano passado e a partir da acusação de que o ex-presidente recebeu R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O Ministério Público Federal alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula como presentes recebidos no período em que era presidente.
O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em outra ação ele responde pela compra de um terreno para a construção da sede do Instituto Lula em São Bernardo do Campo.
*Agência Brasil