Logo após ser eleito nesta quinta-feira como presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou que vai instalar, na próxima semana, a comissão especial destinada a analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social. Ele confirmou que a relatoria da comissão ficará com o deputado Arthur Maia (PPS-BA) e que a presidência será do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ).
A comissão terá até 40 sessões para analisar o mérito da PEC que, em seguida, será encaminhada para votação no plenário da Câmara, em dois turnos. A pauta é considerada prioritária pelo governo federal e Rodrigo Maia espera que a tramitação da PEC na Câmara ocorra até o meio do ano, sem prejuízo dos debates e da transparência.
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Maia também prometeu dar celeridade à análise da reforma trabalhista, outra prioridade do governo, indicando para o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) para a relatoria da comissão especial destinada a analisar a matéria. Ao celebrar o resultado da eleição, o presidente da Casa atribuiu sua vitória ao reconhecimento do seu trabalho no comando das votações que ele comandou de importantes matérias econômicas de interesse do governo, como a que estabelece um teto para os gastos públicos.
Maia assumiu a presidência da Câmara em julho do ano passado, após renúncia do então deputado Eduardo Cunha.
– Comandei a votação das matérias econômicas do governo. Isso sinalizou de forma clara para os parlamentares da base e para a sociedade que a minha continuação na presidência da Câmara dava tranquilidade para essa agenda (de reformas) e isso vai acontecer – garantiu. – Vamos ampliar o debate das matérias polêmicas, como as (reformas) previdenciária e a trabalhista e vamos avançar na votação delas – completou.
Maia disse que esperava uma votação mais ampla a seu favor hoje, mas entendeu que o resultado de 293 votos que recebeu se deu em razão da votação ter sido secreta.
– Estou satisfeito, quem ganha está sempre satisfeito. Eu tinha expectativa de uns 300 votos, mas sabia que no voto secreto teríamos uma perda natural. O número de 300 votos era razoável. (Mas) o importante era que eu tivesse (ao menos) 257, que era a garantia da maioria absoluta – comemorou.