O novo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), de 59 anos, disse em seu discurso de posse que o tempo é de cautela e a ordem é não gastar.
– O país está em crise. O Rio de Janeiro está em crise. A cidade está nesse cenário – afirmou.
Ele citou algumas das medidas previstas nos 78 decretos publicados em edição extra do Diário Oficial do município, que tratam de temas como saúde, transporte e transparência administrativa. Questionado sobre qual é o mais importante dos 78 decretos, Crivella citou aquele que trata da "preparação para o combate às doenças do verão, sobretudo chikungunya, dengue e zika", todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A maioria dos decretos trata de planos a serem desenvolvidos, como a criação de um esquema de segurança especial para o desfile dos blocos de rua durante o carnaval. Mas outros impõem medidas de execução imediata, como o corte de 50% dos gastos com cargos comissionados e a suspensão da cobrança de pedágio para motos na Linha Amarela, via expressa que liga as zonas norte e oeste do Rio. Cada motociclista pagava R$ 2,40 para trafegar pela via. A Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, anunciou que desde o meio-dia deste domingo não cobra mais pedágio de motos, atendendo ao decreto de Crivella.
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Crivella tomou posse às 12h40min deste domingo na Câmara Municipal. Em seu discurso, ele agradeceu a Deus, e elogiou o arcebispo do Rio, o cardeal dom Orani Tempesta.
– Agradeço muito essa bondade e esse amor inexplicável que Deus tem por cada um de nós e que nos seus desígnios nos conduziu à posição que hoje assumimos quando tomamos posse – afirmou Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do fundador dessa igreja, Edir Macedo.
Ao relembrar a campanha em que derrotou, no segundo turno, o adversário Marcelo Freixo (PSOL), Crivella agradeceu ao arcebispo do Rio.
– Pela primeira vez eu pude me aproximar da Igreja Católica, e peço aqui um tributo a Dom Orani, que mesmo em meio às acusações, olhou com bons olhos, com maturidade – lembrou.
Antes de Crivella e de seu vice, Fernando Mac Dowell, foi a vez dos 51 vereadores eleitos tomarem posse. Em seguida foi realizada a eleição da Mesa Diretora da Casa. Jorge Felippe (PMDB) foi reeleito presidente, tendo como primeira vice-presidente Tânia Bastos (PRB), e segundo vice Zico (PTB). Carlo Caiado (DEM) tornou-se o primeiro secretário e Cláudio Castro (PSC) é o segundo secretário. Jorge Felippe afirmou que seu partido ainda não decidiu se vai apoiar Crivella. "Como presidente, sou imparcial. A bancada apoiou Crivella na campanha (do segundo turno, depois que o candidato do PMDB, Pedro Paulo, saiu da disputa). No governo a gente ainda não definiu", afirmou.