O presidente da República, Michel Temer, disse que o governo deverá deferir a negociação da dívidas dos Estados, mas desde que os governadores cumpram algumas exigências.
– Não adianta deferirmos a renegociação das dívidas sem algumas contrapartidas, porque depois, se me permite a expressão, os Estados voltam novamente para o vinagre – disse o presidente.
A declaração foi dada em um rápido discurso, na manhã desta quarta-feira, durante a entrega de unidades residenciais do Minha Casa Minha Vida em Mogi das Cruzes (SP) e abordou a aprovação da renegociação das dívidas dos Estados com a União, na terça-feira, pela Câmara do Deputados. Na avaliação de analistas, isso se configurou em uma derrota para o Planalto, já que o projeto foi aprovado sem contrapartidas.
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Segundo Temer, em uma democracia, é normal o Executivo enviar um projeto e o Parlamento modificá-lo. O presidente acrescentou ter estranhado a afirmação da imprensa de que o Governo Federal teria sido derrotado pela aprovação da renegociação da dívida dos Estados.
Temer disse não ver dessa forma, porque o projeto foi enviado pelo Executivo e foi aprovado. Segundo o presidente, quando um governador entrar com um pedido de recuperação fiscal, deve ser sancionado.
– Estamos inclinados a deferir a renegociação das dívidas, desde que as contrapartidas sejam bem alinhavadas – disse o presidente.