O comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Alfeu Freitas, afirmou nesta terça-feira que os responsáveis por três confrontos registrados na tarde de segunda-feira na Praça da Matriz, em Porto Alegre, não eram servidores públicos que acompanhavam a votação do pacote do governador Sartori. Segundo Freitas, a maioria das pessoas que depredou prédios, ateou fogo em contêiner, derrubou gradis, atirou pedras contra jornalistas e PMs já foi vista em outras manifestações com motivos variados.
– Os ânimos já estavam exaltados ontem com a votação do pacote e essas pessoas, não ligadas ao movimento de servidores e que participam de boa parte dos protestos no Centro, jogaram pedras e acirraram ainda mais os ânimos, tumultuando a situação. Alguns tinham até coquetel molotov – disse o comandante da BM em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Leia mais:
Brigada Militar mantém reforço na segurança da Assembleia
VÍDEOS: confusão entre servidores e BM marcou o dia; assista
Repórter da Rádio Gaúcha é ferido durante cobertura
Os envolvidos estão sendo identificados através de imagens de câmeras de segurança. Um documento é para ser entregue à Polícia Civil. Ontem, durante os confrontos, quatro pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido.
Para o coronel Freitas, os gradis são o limite e se não forem respeitados, a corporação vai voltar a agir e a usar bombas de efeito moral. Segundo ele, essa é a linha máxima para evitar um confronto e para proteger a Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini.
Os gradis foram recolados nesta terça-feira e o efetivo, cerca de 300 brigadianos (alguns da polícia montada), será mantido na Praça da Matriz para a continuidade da votação do pacote do Executivo.
Veja as fotos do primeiro dia de votação: