O governo do Rio Grande do Sul depositou na noite de sexta-feira (11) um valor de R$ 6 mil e quitou 96% dos salários dos servidores do Executivo. Até então, a quantia depositada pelo Piratini havia sido de R$ 3.160. Com o depósito de ontem, foram atingidos os vencimentos de servidores que ganham até R$ 9.160.
De acordo com o governo, o desembolso feito na sexta foi possível por causa do ingresso de novas receitas. O saldo que ainda resta, de R$ 53,7 milhões, será quitado na próxima quarta-feira (16), segundo a Secretaria Estadual da Fazenda.
O problema a partir da próxima semana será a quitação do 13º salário dos funcionários públicos. Como não tem previsão de receita extra para o próximo ano, o governo não quer pagar o benefício com empréstimos individuais do Banrisul, como no ano passado.
O governador José Ivo Sartori e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, esperam dinheiro da União para honrar o compromisso. Duas propostas já foram feitas ao presidente Michel Temer e ao ministro Eliseu Padilha, mas dificilmente serão aceitas. A primeira diz respeito ao ressarcimento de investimentos feitos em rodovias federais na época do governo Simon, calculados pela Secretaria da Fazenda em R$ 2 bilhões.
A segunda é um apelo ao BNDES, que apenas pode emprestar para investimentos públicos e a Estados saudáveis financeiramente. Mesmo assim, Feltes arriscou: pediu uma linha de crédito de R$ 1,6 bilhão para pagar investimentos abraçados pelo governo Sartori. Assim, o dinheiro reservado para tais despesas seria redirecionado para o pagamento do 13º.