Após conquistar mais de 402 mil votos neste domingo (30), Nelson Marchezan Jr. (PSDB) concedeu a primeira entrevista como prefeito eleito de Porto Alegre. Em seu pronunciamento, no comitê central da campanha, prometeu “não decepcionar os porto-alegrenses”.
“O segundo turno foi intenso, duro. Mas chegamos ao resultado que nos demonstra que Porto Alegre vai exigir mudanças”, disse. Mais de uma vez, afirmou que não fará “mais do mesmo”.
“Enquanto parlamentar, sou reconhecido pela minha coerência, pela minha transparência. Sou reconhecido por enfrentar os problemas (...) Não iria deixar esse mandato, pelo qual me sinto realizado, para vir para uma prefeitura com dificuldades e fazer mais do mesmo. Não esperem de mim mais do mesmo”, afirmou.
Eleito por uma chapa que reuniu quatro partidos, ganhando o apoio do PTB no segundo turno, Marchezan evitou falar sobre nomes para o futuro secretariado. E após uma campanha recheada de polêmicas e troca de farpas, comentou a relação com o PMDB, sigla do candidato derrotado, Sebastião Melo.
“Porto Alegre está acima de interesses pessoais. Vou conversar com todos os partidos”, disse.
Número de secretarias
“Quanto maior o número de secretarias, mais distante está o prefeito da situação real (...) A gente não vai pensar ‘de 37 secretarias, quanto vai diminuir’. Vamos começar de zero secretarias e ver quantas são necessárias”.
Aumento de impostos
“Não tem chance (...) A gente vai fazer uma análise da situação das finanças. Sabemos que a Carris tem problemas”.
Fazer o “novo”
“O novo é fazer as coisas de uma forma diferente, colocar as pessoas acima dos partidos, dos sindicatos, das empresas”.